Os filmes sobre arte se confundem com as histórias e vidas dos artistas que participaram dos movimentos, criaram novos padrões e revolucionaram seu tempo.
A gente aprende história e a reconhecer estilos e fases artísticas vendo estes gênios em ação. Não há forma mais gostosa de saber mais sobre a vida de um artista plástico do que vendo um belo filme. Pensando nisso, separamos dezesseis filmes que abordam vida e obra de artistas, todos feitos a partir do ano 2000.
Os filmes estão espalhados por várias plataformas, Netflix. Amazon Prime e Globo Play.
1. Cézanne e Eu
Um dos melhores filmes de arte e artistas que assisti nos últimos tempos. A história de amizade e rivalidade entre o pintor Paul Cézanne (Guillaume Canet) e o escritor Émile Zola (Guillaume Gallienne). Paul é rico. Emile é pobre. Mas dessa união irá surgir uma amizade que resiste ao tempo e às diferenças sociais. Os amigos, que se conheceram no colégio Saint Joseph, aprenderam desde crianças a compartilharem tudo um com o outro. Mas, na busca por realizar seus sonhos, os dois vão aprender a enfrentar os desafios da vida e, principalmente, sobre o valor da verdadeira amizade.
2. Grandes Olhos
Dirigido por Tim Burton, o filme conta a história da pintora americana Margaret Keane. Ilustrando principalmente mulheres, crianças e animais, sua principal marca são os olhos grandes (e, diga-se de passagem, profundos e tristes) que dá aos personagens que pinta. Pelo difícil reconhecimento de trabalhos com autoria feminina nos anos 50 e pelo machismo que permeia sua vida, Margaret aceita que suas obras sejam assinadas com o nome do marido para conseguir vendê-las. Diante da popularidade dos quadros, ele passa a afirmar que as obras são de sua autoria.
3. A Dama Dourada
Década de 1980. Maria Altmann (Helen Mirren) é uma judia sobrevivente da Segunda Guerra Mundial que decide processar o governo austríaco para recuperar o quadro “Woman in Gold”, de Gustav Klimt – retrato de sua tia que foi roubado pelos nazistas durante a ocupação. Ela conta com a ajuda de um jovem advogado, inexperiente e idealista (Ryan Reynolds).
4. Nise, o Coração da Loucura
Ao voltar a trabalhar em um hospital psiquiátrico no subúrbio do Rio de Janeiro, após sair da prisão, a doutora Nise da Silveira (Gloria Pires) propõe uma nova forma de tratamento aos pacientes que sofrem da esquizofrenia, eliminando o eletrochoque e lobotomia. Seus colegas de trabalho discordam do seu meio de tratamento e a isolam, restando a ela assumir o abandonado Setor de Terapia Ocupacional, onde dá início a uma nova forma de lidar com os pacientes, através do amor e da arte.
5. Flores Raras
A história gira em torno da arquiteta brasileira Lota de Macedo Soares e a poetisa americana Elizabeth Bishop, interpretada com competência por Glória Pires. Na verdade, as duas são a alma de Flores Raras e é interessante notar o quão diferente é a atuação de cada uma. Numa época conturbada uma relação polemica. Bárbaro o filme de Bruno Barreto.
6. Moça com Brinco de Pérola
O filme conta a história da jovem Griet, doméstica na casa do renomado pintor holandês Johannes Vermeer e musa inspiradora do famoso quadro Moça com Brinco de Pérolas. Um bom filme de época, mas não empolgante. Aqui o roteiro investiga quem era a moça que inspirou esta famosa pintura. Scarlett Johansson dá vida a jovem, e Colin Firth ao pintor.
7. Modigliani
Modigliani passou como um cometa, ele brilhou revolucionando o mundo das artes. Dançou sobre as mesas, embriagado-se de paixão pela vida. Inspirado pelo amor e consumido pela obsessão, amou e foi amado.Pertenceu à Escola de Paris esse pintor famoso, o italiano Amedeo Modigliani interpretado pelo também genial ator Andy Garcia.Muito criativo, o artista viveu e absorveu a charmosa Paris do início do século 20 com uma atração incontrolável pela beleza. Sempre com a mesma intensidade, o judeu Modigliani amou a católica Jeanne Hebuterne interpretado por Elsa Zylberstein e foi amigo do genial Pablo Picasso, por Omid Djalili.
8. Mr. Turner
Mike Leigh é um diretor peculiar, que gosta de trabalhar com o mesmo grupo de atores e, muitas vezes, define o roteiro no próprio set de filmagens. Seu método de filmar costuma resultar em longas bastante humanos. Neste filme retoma uma outra faceta , menos vista, que é a do rigor estético ao retratar o universo artístico. No caso, a vida do pintor inglês J.M.W. Turner, que se notabilizou pelo uso da cor e da luz em suas obras.
9.Com Amor Van Gogh
Uma animação primorosa que conta a história dos últimos tempos do artista. Foram necessárias 65 mil pinturas para produzir Com amor, Van Gogh. Um ano após o suicídio de Vincent Van Gogh, Armand Roulin (Douglas Booth) encontra uma carta por ele enviada ao irmão Theo, que jamais chegou ao seu destino. Após conversar com o pai, carteiro que era amigo pessoal de Van Gogh, Armand é incentivado a entregar ele mesmo a correspondência. Desta forma, ele parte para a cidade francesa de Arles na esperança de encontrar algum contato com a família do pintor falecido. Lá, inicia uma investigação junto às pessoas que conheceram Van Gogh, no intuito de decifrar se ele realmente se matou.
10. Nunca Deixe de Lembrar
Dirigido por Florian Henckel von Donnersmarck ( mesmo A Vida dos Outros ), o filme não trata oficialmente da vida de Gerhard Richter. Mas conta a história do jovem pintor cuja tia é assassinada pelos nazistas por ser considerada louca e que foge para a Alemanha ocidental onde conhece, na famosa escola de , figuras célebres como Joseph Beuys e Sigmar Polke. Assim como Kurt, Richter nasceu em Dresden, em 1932, foi aluno da Academia de Artes antes de fugir para Düsseldorf, onde estudou e trabalhou, produziu impressionantes pinturas fotográficas e teve também teve a tia assassinada pelos nazistas.
11. Frida
Um dos maiores nomes da arte mexicana, Frida Khalo (1907-1954) passou por uma série de doenças, acidentes, lesões e operações que a levaram a dar início à carreira como pintora. Considerada a primeira artista surrealista da América Latina, adotou em suas obras temas do folclore e da arte popular do México, além de explorar autorretratos.
12. Renoir
Côte d’Azur, 1915. Pierre-Auguste Renoir (Michel Bouquet) é atormentado pela morte da esposa, as dores da artrite e a preocupação com o filho Jean (Vincent Rottiers), que luta na Primeira Guerra Mundial. Eis que surge em sua vida Andrée (Christa Theret), uma jovem bela e radiante que desperta no pintor uma inesperada energia. Rejuvenescido, Renoir a torna sua musa. Quando Jean retorna à casa do pai para se recuperar de um grave ferimento na perna, ele se envolve com Andrée e a torna também sua musa, mas de um sonho ainda distante: o de fazer cinema.
13. Gauguin , Viagem ao Tahiti
Viagem ao Tahiti, no ano de 1891, o artista Paul Gauguin decide, por conta própria, se exilar no Taiti. Lá, ele espera reencontrar sua pintura livre, selvagem, longe dos códigos morais, políticos e estéticos da Europa civilizada. Mas, no local, acaba se afundando na selva, enfrentando a solidão, pobreza e a doença. E deve se reunir com Tehura, que se tornou sua esposa e o tema de suas maiores pinturas.
14.Pollock
Em agosto de 1949, a revista Life publicou uma manchete na qual fazia a seguinte pergunta: “Jackson Pollock: ele é o maior pintor vivo dos Estados Unidos?”. Um dos filmes biográficos de artistas mais profundos, Pollock é um retrospecto da vida de um homem extraordinário, um homem que apropriadamente era chamado de “um artista dedicado à ocultação, uma celebridade que ninguém conhecia“. O filme conta a história de um gênio que lutava contra a insegurança e depressão e que foi envolvendo-se em um cabo de guerra solitário entre precisar se expressar e querer fechar-separa o mundo.
15. Seraphine
Sim, quase todos os filmes sobre arte possuem sua dose de drama e Seraphine segue à risca esta regra.A trágica história da ingênua pintora francesa Séraphine Louis, também conhecida como Séraphine de Senlis (1864-1942), é contata em um dos filmes biográficos de artistas mais emocionantes da atualidade. A história de uma humilde serva que se torna uma talentosa pintora autodidata.
16. Rodin
O francês Vincent Lindon foi o escolhido por interpretar um dos maiores escultores de seu país em Rodin. Apesar de já era bastante conhecido em 1880, Auguste Rodin ainda não havia conquistado uma encomenda o Estado. O filme mostra justamente o momento em que o artista quebra essa barreira na carreira e, aos quarenta anos de idade, cria a escultura “La Porte de l’Enfer”. Enquanto trabalha, ao lado da esposa Rose Beuret, ele se apaixona por sua aprendiz mais talentosa, Camille Claudel, que se torna sua amante. Quando o relacionamento escondido acaba, Rodin muda radicalmente a forma de seus trabalhos. Nesta cinebiografia, é possível ver a rigidez com que o artista, considerado o pai da escultura moderna, encarava seu trabalho e sua vida.